Sozinho
Levanto pela manhã
Lavo do olhar a sobra de sono
No espelho me vejo um galã
Do mundo sou um dos donos.
Abro a janela do apartamento
Tenho a vitrine do horizonte
Um palco de beleza e acabamento
Nele campinas verdejante.
Em volta matas gigantes
Nos galhos harmonia dos passarinhos
Vivo numa solidão incessante
Carente do seu carinho.
A brisa espalma meu rosto
E faz cafuné em meu cabelo
Sou sentinela aqui no meu posto
Sob a luneta do sol vermelho.
Puxo o zíper da minha boca
E solto um bocejo demorado
A saudade parece pouca
Mas sinto que estou dominado.
Quero fugir desse lugar
Driblar solidão e saudade
Quero você pra me amar
Preciso respirar felicidade.
E quando a noite negra aparecer
As estrelas irão brilhar
Virá outros amanhecer
E nos seus braços eu quero estar.
Francisco Assis silva é poeta e Bombeiro Militar
Email: assislike@hotmail.com