ESPIO
na estrada sem começo
atravessei sem me deter
minha derme queimada
cercas de arames farpados
gado preso
gado solto
feras domadas
a beira da estrada
minha saia de lama
pela fresta do tempo
espio
são estrelas na grama
meus cabelos nos fios
é meu novo chegar
minha blusa decora
do espaço a aurora
sou livre,
nas mãos levo névoas
das flores nascidas
do ar, grande gole
perfume de brisa
e árvores meio
me fragiliza
e na estrada sem fim
ponho meus ingredientes
quem é livre confia
no crente
e crer,
faz o leite
virar um planeta
na estrada sem começo
nesse mundo sem cabeça
o amor tudo gira
respira...
olguinha costa
na estrada sem começo
atravessei sem me deter
minha derme queimada
cercas de arames farpados
gado preso
gado solto
feras domadas
a beira da estrada
minha saia de lama
pela fresta do tempo
espio
são estrelas na grama
meus cabelos nos fios
é meu novo chegar
minha blusa decora
do espaço a aurora
sou livre,
nas mãos levo névoas
das flores nascidas
do ar, grande gole
perfume de brisa
e árvores meio
me fragiliza
e na estrada sem fim
ponho meus ingredientes
quem é livre confia
no crente
e crer,
faz o leite
virar um planeta
na estrada sem começo
nesse mundo sem cabeça
o amor tudo gira
respira...
olguinha costa