ESPIO

na estrada sem começo
atravessei sem me deter
minha derme queimada
cercas de arames farpados
gado preso
gado solto
feras domadas
a beira da estrada
minha saia de lama
pela fresta do tempo
espio
são estrelas na grama
meus cabelos nos fios
é meu novo chegar
minha blusa decora
do espaço a aurora
sou livre,
nas mãos levo névoas
das flores nascidas
do ar, grande gole
perfume de brisa
e árvores meio
me fragiliza
e na estrada sem fim
ponho meus ingredientes
quem é livre confia
no crente
e crer,
faz o leite
virar um planeta
na estrada sem começo
nesse mundo sem cabeça
o amor tudo gira
respira...



olguinha costa
olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 12/08/2013
Código do texto: T4430390
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