Ternura lírio!—
Não há espinhos nessa jornada.
Caminho brando, resta a seguir.
– A noite, já era finda e alumiada!...
Desassombrada; – Linda ao fulgir.
Jazem olores da fera em tua gruta.
Fulguram os clamores da era lua;
Avante flores que o monte desfruta
Sob versos, na tua pele, toda nua.
Na sinopse, despida em ardor.
Ah! Teu mar, teu fogo; – teu calor...
Me rendo ao teu corpo; – delírio!
Nos meandros afinados do amor...
Pairo-te e enobreço ao esplendor.
Da tua alma com ternura lírio!--
(Airton Ventania)