Ternura lírio!—

Não há espinhos nessa jornada.

Caminho brando, resta a seguir.

– A noite, já era finda e alumiada!...

Desassombrada; – Linda ao fulgir.

Jazem olores da fera em tua gruta.

Fulguram os clamores da era lua;

Avante flores que o monte desfruta

Sob versos, na tua pele, toda nua.

Na sinopse, despida em ardor.

Ah! Teu mar, teu fogo; – teu calor...

Me rendo ao teu corpo; – delírio!

Nos meandros afinados do amor...

Pairo-te e enobreço ao esplendor.

Da tua alma com ternura lírio!--

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 11/08/2013
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