OLHAR

Se a esperança fenece
Cansa-me a vida, fremente
Insanidade, viver sem teu alento
Sonhos de minhas ilusões...

Flama em desatino, esgueirada
No ritmo do açoite, na escureza
Da noite fria, quando as horas
Se desnudam, e rasgam o meu silêncio.

Clamam as horas, em segredo
Se debatem, porto em desventura
Nas agruras do meu "eu", quando
Canto meu lamento, turvado em agonia

Marcas me absorvem, na ânsia
Bruta da solidão, torrente de abandono
Feito um quadro emoldurado, ecoado
Plasmando formas no além...

Nem ato, nem arfante, risco ou
Tatuagem, decidindo me apagar
Sem restos de esperanças, guardadas
Sem expressões...Na sombra do teu olhar

Poemas soltos

FRAGMENTOS

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Sou fragmento de ti
Esperança naufragada
Um traço marcado
Vaga memória, muda
Talhada na ilusão, de
Um vôo sem asas, perdido
Na retina do teu olhar.
Olhar que flameja
Chama em desvario
Sensações que entorpecem
Aguçando os sentidos...
Vãos momentos, trás
Essa agonia, a certeza
De ser um resto na tua vida.

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Sem sal...A vida é assim
Magoada...Alma ferida
Retalhos de mim...Labirinto sem saída.
Um vazio ensurdecedor...Aquieta-se
Lágrimas se misturam...Flagradas...
Entorpecidas...Dores n'alma
Manhãs em silêncios...Olhos turvados
Memória aguçada...Recordações...
Se morresse não teria onde chegar
Já que o desamor me absorve
Impiedosamente, quando me descobri
Sem vida...Um robô em tuas mãos.

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