Servo

Não sei se em meu coração

ainda há uma sala vazia;

onde eu possa hospedar uma emoção

que te aqueça, nessa noite fria.

Não quero fingir que não vejo

o semblante da sua carência;

mas, talvez, não te mostre o desejo

que precise ver com urgência.

Meu carinho é como edredom

(que aquece com leve calor)

é macio!...está limpo!...é bom!...

mas não envolve (como um cobertor).

Sua noite pode ser, também, minha

pois, em mim, há espaço para dois;

mas não posso assegurar que (sozinha)

você caiba em si mesma, depois.

O amor que trago em mim,

não é meu (não pertence a ninguém)...

E, por ser tão livre, assim,

é o Servo (a quem sirvo também).

Maio - 2010

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 10/08/2013
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