Por correr riscos!

Amor sentado assistindo televisão,

Espaço de intervalo, bocas malditas,

Olhares que a desconfiança grita,

Janelas indiscretas, mentes tão ocultas,

Só não olham para o próprio rabo,

Vidas vazias, uma constelação sem luz,

Mudanças que pedem passagem,

Vagas nas horas solitárias, arremedos insanos,

O tempo que se pede, o tempo que passa,

Poeira que nunca baixa, falas controversas,

Fomentos desesperados sendo aguardados,

Enrolados até a cintura, amor de geladeira,

Sentando a boca sem um apetite que apraz,

O coração que pulsa em descompasso,

Notas tiradas com mãos surradas & duras,

Vai o caminho mais longo novamente,

Novas esperas acertadas por conseqüência,

Amar sempre foi muito complicado,

Quando aparências precisam ser guardadas,

A noite seguinte, a semana quem vem,

Amor de reflexos, apenas olhares & toques,

Um ou outro beijo depende das vistas,

Janelas trocadas, roupas estendidas, libações,

Cigarros consumidos por conta das esperas,

Um trago, o copo vazio que exprime a solidão,

Madeiras perdidas em maneiras sensatas,

A solidão dos outros detonando aproximações,

São personagens querendo cuidar da vida alheia,

Mal conseguem dar um passo na vida,

Vida ordinária, tão estúpida & intrometida,

Quanto mais se liga, mais achincalham,

Ser feliz ofende essa instabilidade geral,

Pois lhes faltam mais alegria no coração,

Sobramos como espécies em jaulas,

Da mesmice que saímos com satisfação,

Não vou ser infeliz por causa de más línguas,

Para as bocas malditas um belo danem-se...

Viver bem tem que ter alegria & afetos!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 09/04/2007
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