Não Sou Adonis
Um Adônis eu não sou.
Longe de ser um Frankenstein.
Talvez no meio termo estou
E não boto medo em ninguém.
Quando pela rua ando
Passo até despercebido
E em mim ninguém notando,
Às vezes sou bem recebido.
Fui de algumas, namorado,
Por não me achar tão feio.
Por todas abandonado,
Sem delongas e rodeio.
Mas não sou complexado
Nesta vida dura de levar.
Meu destino está traçado,
Dele não costumo reclamar.
Se eu nasci assim,
Assim deve ficar.
Não tenha dó de mim
Mas ajuda se rezar.