PROTESTOS...

Perdi-me em ruas invadidas

Pela fome do que não foi plantado

Colheita de discursos verdes, virtuais

Caras pintadas por tintas vencidas

Cartazes com frases feitas e realidades dopadas

Fui atravessado por avenidas sem chão

Que gritavam palavras sem sentido,

Sem fonética, com fome... palavras

Modeladas pelos ratos midiáticos

Que roem e envenenam

Meus sonhos trêmulos de abstinência.