OLHOS DA ALMA
Os olhos se perdem a contemplar
O barco, que singra as águas
A imaginação teima em ver ali, poesia
Ah, respondo: isso é pura fantasia.
Sem se intimidar
O olhar, avança,
Vê no rastro de espuma
Um verso, uma poesia
Ah, respondo: isso é pura fantasia.
Sem se alterar
O olhar, vai mais adiante
Enxerga no cenário deslumbrante
Um verso, uma poesia
Ah, respondo: isso é pura fantasia.
Dessa vez, aborrecido
Os olhos da alma, respondem:
O que é a vida sem poesia?
Senão uma aborrecida monotonia.
(Imagem; Lenapena- East River)