COLIBRI

Eu bem sei o que há nessa caixa entre cabeça e pés.

Evidente, encontrei (não é necessário espalhar), vi

O conteúdo dela, deixemos quieta a poeira, viés.

Se tocássemos o piano - a quatro mãos – colibri,

A largueza entre as margens da partitura, pra nós

- notas de suaves melodias mais que suficientes-

Bateríamos um pano velho que espantasse o pó

E nos sentaríamos ali, graves (e bem silentes).

Seríamos som em si das cantigas sob o sol, ou em dó,

Sós, nau em correntezas, charcos em rochas transformados.

Ouviríamos o conteúdo da caixa, em teclados

Uníssonos, exclusivo concerto, escala baixa

Pois eu bem sei, entre cabeça e pés, o que há na caixa.

06.08.2013

10:45

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 06/08/2013
Reeditado em 08/08/2013
Código do texto: T4421810
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.