VIDRAÇA

O caminho vai realmente se fazendo

E, concluindo o que concluído...

Já na ponta do final do começo...

Vê-se de que modo e como as coisas são quando não são o que são...

E qual o seu preço...

Ou apreço pela dor apenas...

Aquela do interior da dor (dor dos poemas)...

Mas quando ela cisma de doer desse jeito...

Dor de poema que nem foi feito...

É aquela dor de nós todos...

A dor com D maiúsculo...

A que dói não poupando um só músculo...

A que dói como dói porque não dói de verdade...

Estilo estilhaço do que após a "pós modernidade"...

Pedra na vidraça recém colocada

Aquela que ainda não havia nem sido paga...

Talvez eu chore sobre os pedaços na calçada...

Mais do meu cheque?

Igual ao meu moleque...

...

Que cheque?

Que moleque?

Dá-lhe rima ao que rima

É só assim que isso rima...

Isso tudo é o pedaço de um nada

Só mais uma poesia remendada

Que já nasce estilhaçada; rotulada...

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 06/08/2013
Reeditado em 06/08/2013
Código do texto: T4421622
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