SOBRE RESSONÂNCIAS E SIMETRIAS
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Misturam-se à “zuada” de um motor barulhento que circunda o quarteirão, o barulho de um relógio de parede como se só para lembrar que o tempo, realmente, não para; um cronometrado que parece pretender se alinhar ao das gotas que enchem a bacia sob a velha pia... O latido conhecido de um cão nunca visto, o som de pássaros não muito longe. Intercalam-se quando não se entremeiam e/ou se misturam, sons de vassouras ao arrastado de baldes no cimentado; que, pra produzirem o som que produzem, só se provavelmente cheios, vão pelo vão de outros sons que vão pelo meio; os quais não os nomeio porque deles ainda guardo receio...
De repente, ouve-se um barulho que vem diminuindo... O piloto resmunga algo... O som se encorpa novamente e, finalmente, some no final da rua...
Outra vez “a ferramenta” fura a superfície dura e o som perdura...
Segue para grudar pontos d’uma estranha costura
Vultos de pessoas presas em improvisadas tirolesas...
Só se de madeira tamanha barulheira de uma gente “esporeira”...
Que pisa o passo no estranho compasso do martelo...
Que, insistentemente, bate...
E quando não bate
Vigia o pedaço do mundo de nossas dores...
Dos rumores desse estranho arremate...
Saem “atiradores da SWAT”...
Tão barulhentos quanto calados
Compenetrados no que colado
À soma do que ressonado...
Era “metalon”
À parte de madeira
Grudada à pasmaceira que somos desse som...
Tomara que fique bom...
Todos sabem das ventanias
Que passam por aqui nesses dias...