No fim da hipnose
Eu sei o que tenho dentro de mim
E o quanto ele absorve quando me tenta.
Me faz sentir que tudo está no fim
Tudo o que me alimenta
Tudo o que me sustenta.
Vejo coisas insanas
E às vezes enxergo por onde ando.
Mas o vento traiçoeiro me sopra coisas levianas
Desvia meus olhos para quem estou pensando.
Já pensei se você me sente
E pára para eu te olhar.
No meio da multidão, para mim sem gente,
O sol que me cega te faz brilhar!
O sol de que me escondo te faz esquentar!
Eu sinto mais calor,menos em meus olhos
Mais no fundo acolhedor do meu pensamento.
Volta o vento e sopra os relógios
E tudo volta a ser tão lento.
Já não há visão que suporte
Olhar a mesma figura.
Se não o cansaço talvez a loucura
Um dia dará nos meus olhos um corte!