Maria, mãe da vida

Maria

Mãe da vida

Em teu olhar perene

Volitam anjos candos de ternura

Oh, mulher, símbolo da seiva

Gana e garra que não me deixam esmorecer

Quando vejo quão acanhados

Os pequenos dilemas do meu ser

Perdestes teu filho para uma cruz de espinhos

sorristes pra Deus

mesmo aflita entre escarninhos

Maria

Mãe de mim

Pra quem um dia roguei

Não deixes partir

O meu ser bipartido

Que tão pequena nascera

Tão frágil, tão bela

Pequena quimera

que sonhei para mim

E tu, mãe das mães

Mesmo tendo perdido teu filho

Em nome dos filhos perdidos

Não me negou concessão

Hoje sou mãe

E sei, e sinto

A dor que sentistes

Ao ver teu filho, tão lindo...

Tão forte, tão cheio de vida

Cegado de luz

Maria

Seque teu pranto em meus ombros

Que te darei parte do meu coração...

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 08/04/2007
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