A BEIRA MAR
(Sócates Di Lima)
Sento-me á beira mar,
No mar de minha imaginacão,
Sinto a brisa da saudade me abraçar,
Como se estivese em estado de solidão
Mas, não estou...
Olho a longe curva do meu mar,
iuminado pela luz do luar,
Que em som majestoso em minha alma soou.
E a noite segue caprichosa,
No silêncio de tantas vozes mudas,
Que emergem de valas rochosas,
E gritam em minha alma surda.
Sinto o frescor da brisa do anoitecer,
E ouço o gorjeio das gaivotas em retirada,
Meu pensamento faz-me perceber,
Que o silêncio são vozes que gritam do nada.
O mar é misteioso,
Profundo e vivo,
Traduz tudo quanto é misterioso.
Carregado em um coração ativo.
Então levanto-me e caminho sem olhar para trás,
Pois há adiante um portal de alegrias,
E a noite me toma, assim, tão voraz,
Para me despertar em versos de poesias.