AOS TRANCOS E BARRANCOS
É um barranco a minha vida manca
Onde sempre estou a escorregar;
Eu não encontro alças, nem tranca,
Onde posso com força me segurar.
Sou sem jeito, pouca é minha firmeza
O que eu faço na vida é apenas chorar
Minha vida é, afirmo com toda certeza,
Um só recordar. Um eterno recordar.
Olhando para trás eu me escorrego
Dentro dos meus sonhos nada bonitos,
Neles não encontro nunca quem quero
Volto-me, revolto-me em conflitos.
DIONÉA FRAGOSO