AOS TRANCOS E BARRANCOS

É um barranco a minha vida manca

Onde sempre estou a escorregar;

Eu não encontro alças, nem tranca,

Onde posso com força me segurar.

Sou sem jeito, pouca é minha firmeza

O que eu faço na vida é apenas chorar

Minha vida é, afirmo com toda certeza,

Um só recordar. Um eterno recordar.

Olhando para trás eu me escorrego

Dentro dos meus sonhos nada bonitos,

Neles não encontro nunca quem quero

Volto-me, revolto-me em conflitos.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 04/08/2013
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