SEXO

corpo! Puro vadio,

Quem dera? Ah

Poder-nos condenarmos!

Qual mão que a tantos tocou,

E do gozo fez-se paixão,

Acenderá a lâmpada da exclusão.

Ah corpo, ah corpo tomai mais um gole,

Deixais tais desejos à excitação,

Não cometerás pecados,

Se sendo corpos em corpos contemplados!

Ah corpo pura vadio,

Teremos a essa humanidade que nos render?

Á homens três por quartos, óculos grandes, livros grossos,

Sem nunca em suas veias ter salpicado um delito!

Pobres homens,

Pobre corpo!

Renascerá depois?

Condenai-vos... Condenai-vos... Condenai-vos

O corpo só é livre, quando supra seus desejos!

Condenai-vos... Condenai-vos... Condenai-vos

O corpo só é inteiro, quando aceita seu labor!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 04/08/2013
Reeditado em 15/11/2017
Código do texto: T4418686
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.