SEXO
corpo! Puro vadio,
Quem dera? Ah
Poder-nos condenarmos!
Qual mão que a tantos tocou,
E do gozo fez-se paixão,
Acenderá a lâmpada da exclusão.
Ah corpo, ah corpo tomai mais um gole,
Deixais tais desejos à excitação,
Não cometerás pecados,
Se sendo corpos em corpos contemplados!
Ah corpo pura vadio,
Teremos a essa humanidade que nos render?
Á homens três por quartos, óculos grandes, livros grossos,
Sem nunca em suas veias ter salpicado um delito!
Pobres homens,
Pobre corpo!
Renascerá depois?
Condenai-vos... Condenai-vos... Condenai-vos
O corpo só é livre, quando supra seus desejos!
Condenai-vos... Condenai-vos... Condenai-vos
O corpo só é inteiro, quando aceita seu labor!