ASAS POR TODOS OS LADOS

ASAS POR TODOS OS LADOS

Asas por todos os lados que olho

Estradas que aparecem do nada

Asas serão minhas ou das aves?

As estradas são minhas ou sou eu?

Perdido numa nuvem de penas

Ou seria pelos macios e sedosos?

Asas que passam pela minha face,

Cometas que riscam a minha imaginação,

Como Pegasus a correr no céu negro.

Cada passo na escuridão as asas.

A sensação que ar se molda ao meu redor,

Se espessa, como sangue pútrido.

As asas passam por mim,

Aves na escuridão de uma caverna?

Morcegos cheios de tabus e de medo?

A respiração acelera um pouco.

O suor escorre pela face,

E sinto a asas que passam a milímetros de mim

Cada passada das asas são milhares de ondas sonoras

Um coral macabro na minha imaginação.

Dentes, bicos, olhos, sonares, penas, doenças.

São fantasmas sombrios que habitam os meus não ver.

Imagino o imaginário do ser primitivo

Do surgimento das lendas ao redor da fogueira

Asas por todos os lados num barulho estridente

A claridade desvenda todos os medos

Já é a hora de iniciar um novo dia e acordar.

André Zanarella 01-09-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 03/08/2013
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