"Exilio"...

Exílio...

No seu semblante o adeus... Quanta maldade no falar!

Gestos de rebeldia profanavam o lugar sagrado do encontro

Torpe desencontro...

Seu corpo colado á parede... Nu, mostravas noites sem dormir

A pele adoecida de desejo... irresoluta dor...

Caminhas trôpego pela sala, a calça de pijama... Rota

A franja lhe cai lisa sobre a testa, ocultando-lhe o olhar perdido...

Pelos dedos entreabertos deixas cair, lentamente os farelos

Restos e sobras do ontem... Gélidos afagos...

O pássaro agoniza o ultimo som batendo ás asas...

A violeta na mesa da sala pede água...

O sapato vermelho, a meia de seda, o vestido de veludo verde

Como em um museu... Lado á lado postos sobre a cama

Você recorda que a festa acabou e a ultima garrafa esta vazia

Estas só, em pé parado á porta esperando que amanheça o dia...

Nenhuma pergunta!Uma estrela por companhia

O vento lhe assobia a canção do amanhã...

Acolhe o chamado e vai dormir... Vazio.

venusiapimentel/013

VenusiaPimentel
Enviado por VenusiaPimentel em 01/08/2013
Reeditado em 02/08/2013
Código do texto: T4415389
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