Minha Santidade já Faleceu nas Poesias

Minha santidade é longe de sua fé

pois, ouço os gritos desesperados de mim

em um corpo, carapaça dos distúrbios

longe das equações mais complexas.

Minha santidade é a voz carrancuda do pecado

gritando o esmero dos versos contidos

e perto da morte eu rio na cara do inferno

e perto da vida eu sofro caótico no inverno.

Sou dores de maquiavélicos feitiços,

sou o vício da noite esquálida, sandices

dos medos, dos desejos mais profundos

e nas coisas simples eu adormeço.

Sou quase o derradeiro sentimento

mas, eu ainda rego as flores do mal

no jardins escassos e babilônicos,

nos gritos que clamam catatônicos.

Minha santidade ao dizer já é pecado

e as custas do inverso os meus retalhos

costurados nas linhas negras do capeta

enquanto eu choro pelas muralhas do planeta.

Minha santidade é só resquício de mim

pois, morro e vivo dilacerado e enfim;

e as misérias de Deus correm na surdina

enquanto as cordas enforcam os inocentes.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 01/08/2013
Código do texto: T4414432
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