Minha Santidade já Faleceu nas Poesias
Minha santidade é longe de sua fé
pois, ouço os gritos desesperados de mim
em um corpo, carapaça dos distúrbios
longe das equações mais complexas.
Minha santidade é a voz carrancuda do pecado
gritando o esmero dos versos contidos
e perto da morte eu rio na cara do inferno
e perto da vida eu sofro caótico no inverno.
Sou dores de maquiavélicos feitiços,
sou o vício da noite esquálida, sandices
dos medos, dos desejos mais profundos
e nas coisas simples eu adormeço.
Sou quase o derradeiro sentimento
mas, eu ainda rego as flores do mal
no jardins escassos e babilônicos,
nos gritos que clamam catatônicos.
Minha santidade ao dizer já é pecado
e as custas do inverso os meus retalhos
costurados nas linhas negras do capeta
enquanto eu choro pelas muralhas do planeta.
Minha santidade é só resquício de mim
pois, morro e vivo dilacerado e enfim;
e as misérias de Deus correm na surdina
enquanto as cordas enforcam os inocentes.