A CORUJA NO TABACAL

A CORUJA NO TABACAL

A coruja cinza voa no silencio da noite,

Suas asas se movem na calmaria,

Olhares perdidos na escuridão mundana.

No tabacal o mal se esconde da coruja.

O tabaco verde esconde a vida,

Insetos, roedores e repteis também famintos.

A coruja observa tudo em seu voo,

Suas penas leves e macias cortando o ar,

O frio da noite é apenas um detalhe,

É como se a noite enlaçasse a coruja,

As correntes de ar fossem braços,

O orvalho a saliva da mãe natureza,

Um plainar sobre o tabacal um ato de amor,

Uma relação mística da vida na Terra.

A coruja e o tabacal cheio de parasitas.

Mas quais são as desventuras que coruja viveu?

Quantos predadores ela precisou enfrentar?

Quantas corujas morreram para essa viver?

O tabacal estático cheio de vida apenas vive,

É condenado pelo passado por morte futura,

Tem um “q” de misticismo perdido no tempo

As raízes no solo, mas o resto é ar.

No tabacal tem planta velha ressecada

Comida por lagartas e lesmas famintas;

Mas também ainda há sementes germinando.

Assim como a coruja é movimento é vida,

O tabacal de sua maneira é mudança,

Ambos fazem o seu papel em nosso planeta.

São movimentos, controlam pragas e fracos,

São belos e na estática no momento eles são movimento.

André Zanarella 30-07-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 01/08/2013
Código do texto: T4414290
Classificação de conteúdo: seguro