Reação

Um momento inevitável somente seu, haveria de chegar, como uma definição. Por não reeditar uma conhecida dor. Por não renovar a visão da realidade. Cala o amor que faz chorar, desvia-se da poesia de todas as formas, desvia-se da ilusão que machuca, acorda o que havia ainda para sonhar. Fecha as fendas ao cair no vazio infinito do ar, que é feito os pensamentos que não findam. Fecha os seus braços para o abraço que necessita. Sê só, na falta de sentimentos que incentivam. Tapa os ouvidos aos murmúrios da exigente emoção que dita o que quer,  ouve apenas as pisadas silenciosas do seu existir sem sombras, mas apenas com a sua sombra. Sem medo do futuro quando juntar o passado com o presente, desaflige a espera da sua alma que quer sossego, recebe os seus amanhãs sem confundi-los com desenganos, já ultrapassou os horizontes tãos seus!
Não desista de voltar pelos caminhos já trilhados, bem para dentro do seu eu. O sonho é seu, quando a felicidade é fugitiva ela tende a se esconder, não cansa desse jogo de esconde esconde, sem aprender a caminhar por caminhar. Cética da solidão que rejeita junto com o abraço da dúvida, renova a vida sem ladainhas. 
Ser humano é sentir tudo desabar ainda assim continuar acreditando em si mesmo e seguir...
Nenhum ser é completo, ou totalmente só, há sempre um bom motivo para não desistir da vida. E n'uma dessas pausas acontecem tantas coisas maravilhosas, que é melhor guardarmos  apenas para nós mesmos. Fecham-se ciclos,  abrem-se novos. Para a nossa sabedoria e amadurecimento.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 01/08/2013
Reeditado em 01/05/2016
Código do texto: T4414117
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.