O que uma geração disse a outra
Vejo os jovens falando em mortos
sem pensarem nos vivos que somos
e na herança que uma geração tentou doar a outra.
Eis os de 60/70, mãos estendidas, querendo passar
o seu cajado de sangue e inocência
nas rosas brancas avermelhadas pelos espinhos dos caules.
Na marcha incerta do século XXI
nos deparamos com os novos-antigos conformados
com as mãos fechadas para as pétalas
acendendo a morte nas velas.
20-01-2004