Calabouço de palavras

De uma pena

Eis uma cena

Que se encena

Sem tema

Não existe rima

só um monte de tudo isso, posto em cima

vendo isso durante o dia em outro dia

calabouço de palavras, presas em devaneio

Concretos de areia feitos com ar

construído por arquitetos de vontades vagas

tudo levado pelo mar, aquele tanto que se pacienta em ensinar

aos que escutam as ondas, sem ritmo, cantar

Devaneios, de como encontrar

o meu outro seu

ou seu eu em outro

ser pleno

Uma paixão que não espera

Vira um sonho que não prospera

Um conto precisa de sonhos

E as palavras em vontades se (p)rendem

Não se libertam palavras, feias ou belas

Mas sim o espírito na tela da vida

Ele imprime sua tinta no papel de cada um

E os sonhos se tornam vivos, tão seus como meus

A realidade alcança depois.

E se não alcançar, ao mar escolho escutar.

Wade
Enviado por Wade em 31/07/2013
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