medo constante
MÁRCIO MONTEIRO-AUTOR
Que ser medonho tornei-me sem ti,
Sinto-me tão medroso, incapaz de alguém amar,
A medida que tanto eu na vida já sofri,
Me desencorajou a outra vez me entregar.
Não consigo mais mediar meu sentimento,
Preciso assumir, que sem ti eu nada sou,
Que lacrimejo em todo meu pensamento,
E que meu coração quase já parou.
Contigo a ânsia de medrar era constante,
Meneava com tamanha felicidade,
Hoje sem teus carinhos, sou mendigo incessante,
Tamanha a minha infinita mediocridade.
Deixei de cantar como um grande menestrel,
E neste instante, nem simples versos sei compor,
Hoje o meu coração é apenas de frágil papel,
Tamanha falta faz o teu inigualável amor.