Limpei, hoje, meu coração, atravancado de mobília velha ,vomitando poeira .
Talvez amanhã, não sei, eu as retome, e até sinta vontade de colar as lascas.
Mas hoje não. Hoje eu quero mergulhar sem nenhum amparo de história.
Quero sentir todo o sabor do medo, vou experimentar o desespero de não conhecer depois da curva. Portanto, vou atirar-me com força.
Sei que a gravidade tende a me chamar pro solo, ainda assim, vou voar enquanto eu conseguir evitar o seu trabalho. Antes de cair, e talvez eu nem caia, ainda vou experimentar emoções impossíveis ao olhos que se fincam nos limites.
Todos gritam. Uns eufóricos, outros temerosos. Ninguém, deveras, chora mesmo por mim. Temem por si mesmos. Pelo que minha ousadia pode forçá-los. Nunca saíram de seus frios casulos sociais, jamais deixaram de polir suas máscaras.
Ah! “Danem-se!” É mesmo por esses totens que não voei antes.
Que sorvam daquilo que plantam e regam.
Não vou, eu juro , cuspir neles. Afinal, que mais eram senão uma pequena cerca. Bastava-me um pulo simples pra deles livrar-me. Fui eu quem não ousei.
Essa liberdade doce, de vir minha próprias chagas, sujas e imperfeitamente dispostas, sem delas enojar-me, é o melhor desse vôo.
Já me demoro. Vou saltar logo.
Só um pouco mais e estarei ainda mais livre. Não que eu não o seja agora, neste instante, o bastante. Sou ,um bom tanto, livre. O suficiente para sorrir por um quase um terço da vida e não enterrar o resto.
O vento uiva agora. Eis a hora.
Talvez amanhã, não sei, eu as retome, e até sinta vontade de colar as lascas.
Mas hoje não. Hoje eu quero mergulhar sem nenhum amparo de história.
Quero sentir todo o sabor do medo, vou experimentar o desespero de não conhecer depois da curva. Portanto, vou atirar-me com força.
Sei que a gravidade tende a me chamar pro solo, ainda assim, vou voar enquanto eu conseguir evitar o seu trabalho. Antes de cair, e talvez eu nem caia, ainda vou experimentar emoções impossíveis ao olhos que se fincam nos limites.
Todos gritam. Uns eufóricos, outros temerosos. Ninguém, deveras, chora mesmo por mim. Temem por si mesmos. Pelo que minha ousadia pode forçá-los. Nunca saíram de seus frios casulos sociais, jamais deixaram de polir suas máscaras.
Ah! “Danem-se!” É mesmo por esses totens que não voei antes.
Que sorvam daquilo que plantam e regam.
Não vou, eu juro , cuspir neles. Afinal, que mais eram senão uma pequena cerca. Bastava-me um pulo simples pra deles livrar-me. Fui eu quem não ousei.
Essa liberdade doce, de vir minha próprias chagas, sujas e imperfeitamente dispostas, sem delas enojar-me, é o melhor desse vôo.
Já me demoro. Vou saltar logo.
Só um pouco mais e estarei ainda mais livre. Não que eu não o seja agora, neste instante, o bastante. Sou ,um bom tanto, livre. O suficiente para sorrir por um quase um terço da vida e não enterrar o resto.
O vento uiva agora. Eis a hora.