TRISTEZA PROFUNDA

Os ponteiros do relógio não se movem

A voz embarga na garganta

E os soluços soltos fogem

Pela tristeza que se levanta

No peito transborda

Uma saudade já fria

Que vai roendo a corda

Soltando uma torpe agonia

A tristeza banha a face

Com lágrimas salgadas

E no peito nasce

Uma dor desesperada

Urge o tempo em seu destempero

E num lampejo volto à realidade

Engulo meu exagero

Mudando minha vontade

Cubro a ferida aberta

No coração exposto

E quando a dor aperta

Cubro também meu rosto

Afrouxo as amarras

Da paixão enlouquecida

Que mostra suas garras

Aprofundando ainda mais a ferida.

ENI SILVA
Enviado por ENI SILVA em 29/07/2013
Código do texto: T4410544
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