Teardrop...  e  orvalho



So beautiful and heavy
So funny, so sad
são as juras eternas
abrandando medos
segredos...escancarados ao vento.
Cheers ! um brinde e uma lágrima
às trapaças do tempo !

 
Luzes na alma
que nunca emergem do abissal.
São como um mar sem sal
Tão sem soul quando não me vejo,
...rondo e rondo
e o perdido desejo já não cabe
nesse som tão redondo : Home.
Sou mesmo de um lugar que desconheço
e tua retina é o espelho que insiste
pois mesmo que por um instante
só ali me reconheço.


Sonhando somas
ao invés de sobras
Sou a palavra que manobra
a morte longe de mim.
Vertigem de me fazer assim:
Beirando meu próprio abismo
olhando bem fundo o escuro de mim,
a lágrima se cristaliza em choque
teima e amanhece em orvalho
 ...oh, teardrop ! 


Até quando vou perseguir
virtudes solicitadas
por algo em mim que desconheço
e que me transpassa ?
Sina de um sortilégio paradoxal
que se reproduz num ventre estranho
que é luz etérea e fome animal.






foto - tear © Yanik Chauvin



Ana Valéria Sessa
Enviado por Ana Valéria Sessa em 07/04/2007
Reeditado em 24/04/2007
Código do texto: T440977
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