eros, mulher negra
que seu corpo me acenda
do sono,
e me consuma de dor
e que sua boca se molhe
da minha boca
e beije durante o coito
e que seu sexo chova
sobre minha alma, creme
meus erros são meus
e trogo-os na gangorra
do meu ser...
sinto-os quanto beijo o
chão, que teimo em resistir
e quando ando ao encontro
de quem sou;
e nas galerias do corpo
dela, mulher negra e macia
de boca grande e agreste
que encontrei na terra, na
escura descida da morte
eu beijo todo, eu sinto
dela, a mulher negra e bela,
o canto da fruta mais fresca
e doce, o aroma de mulher
perdido no seio da vida,
e a tempero com eros,