a roda que profano

eu supuro

como uma ferida

podre,

com o ar fétido

que sai da saia do

mundo;

dos mortos

o afeto de sangue

a melancolia criadora

surdo corpo

de penúria e dúvida

arregaço dos

sentidos

pedal imundo na roda

que profano

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 27/07/2013
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