Maldita Poesia
Rasgo as felpas da poesia !
Escarro nas fantasias
Piso nas utopias
Apunhalo a hipocrisia
Dane-se as vãs filosofias
Não quero mais saber de poetar
Não preciso do falso
brilho do luar
Esqueço que existe uma
palavra chamada sonhar
Rejeito o beijo de mel
do tal verbo amar
Quero a realidade nua e crua
É muito mais salutar
O fel posso degustar
Não tenho medo de envenenar
Ah! quantos dissabores
a poesia me deu
Nos versos e rimas
meu destino teceu
Agora quem dá às ordens
a bússola da vida sou eu!
Poesia maldita
Prá mim você morreu!
07/06/2004
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