cilada carne
E minha língua
Sobre a pedra da
Alcova, se delicia
Com seus olhos
De santa puta
Nela, bela ela,
mulher bela e negra
no altar da minha
religião...(a vida)
a vida,
que roça minha
pele, a concreta pele
do desejo, que me
leva em sussurros ou
gritos, depende,
numa cela de
arqueiros
e seus olhos, santa,
bela negra, me toca
o céu da minha carne
me come, me tortura
me arde, e faz do meu
canto o meu reino
a minha cilada de grave
palavra