SONHOS DE VIDRO

Fui juntando dissabores, desenganos, desamores,

os rancores do meu peito, o desarranjo na alma,

e o vazio no leito.

Remoendo a toda calma, quando levanto ou me deito,

trasportando tanta angústia, circunstância adversas,

tornei-me enfim desse jeito.

Buscando tecer meu canto, escaneando o espaço,

fiz de mim um ser alado, evitando o desencanto,

a voar tão descuidado.

Idas e vindas, voos rasantes, poeta errante,

asas de cera, sonhos de vidro, vida cruel,

zombando de um menestrel.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 26/07/2013
Código do texto: T4405017
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