Chora sanfona
De repente um silêncio profundo
uma enfermidade o consome aos poucos
de uma sanfona travam-se os baixos
vai-se a alegria dos palcos
fica no peito a dor da saudade
chora sanfona a triste realidade.
Lembra nordeste querido
das noites de São João,
xote, maracatu e baião
aos poucos vão dando adeus
vai Dominguinhos, vai, deixando este torrão
leva cultura e forró dentro do teu matulão
deixa a saudade sangrando
nas lacunas do baião
mas forma uma dupla nova
ao encontrar Gonzagão.
Manoel Joaquim da Silva