SILÊNCIO
NOITE FRIA, A CHUVA CAI SEM CESSAR,
UMA XÍCARA DE CAFÉ, A CANETA, O PAPEL,
OS VERSOS RIMADOS, POUCO A POUCO,
TRANSFORMAM-SE EM POESIA.
O SENTIMENTO DE SOLIDÃO
É ABAFADO AO SOM DE UM PIANO,
OU NAS CORDAS MÁGICAS DO VELHO
E COMPANHEIRO VIOLÃO, EM TODO MOMENTO.
LEMBRANÇAS, ORA DOCES, AMARGAS,
QUE JAMAIS SE OUVIDA, POUCO IMPORTA
A DISTÂNCIA DO TEMPO. SONHOS PERDIDOS,
RENASCEM NUM SORRISO OU NA LÁGRIMA QUE CAI.
MADRUGADA, QUATRO HORAS, O SONO VEM,
ME ABANDONO NA CAMA FRIA E VAZIA,
NÃO EXISTE VOCÊ, O CALOR DO SEU CORPO,
APENAS QUATRO PAREDES, REVESTIDAS DO SILÊNCIO