Janelas & Portas!

Abri a sua janela,

Bati na sua porta,

Olhei o espelho da rua,

Olhei parra dentro de mim,

Vi o seu rosto sorrindo, vindo,

Senti o seu corpo a distância,

A pele nua, fresca, essências,

Abri a sua janela outra vez,

Toques, fumaças de cigarros,

Alguns desabafos caminham juntos,

A melhor visão, você totalmente nua,

Batida na porta semi-aberta, tranca,

Outro beijo trocado, alegria no olhar,

Lamúrias deixas no pé da escada,

Sim, são tempos difíceis & soturnos,

Arrendamos um passado travado,

Por tudo que fazemos, ainda viram as costas,

Notas dúbias, desvios de conceitos,

O trilho estreito entre ontem & hoje,

Abrimos a janela para a noite,

Um olhar pelas estrelas radiantes,

Só paramos com batidas na porta,

Sempre alguém a pedir atenção,

Um jeito de carinhar fazendo bem,

Sem muito perguntar a quem,

Nada melhor nos reflete, nada,

Por mais que se faça, ainda sobramos,

Convites em fugas, poucos amigos,

De nós só se espera o melhor,

Do outros tanto faz, qualquer jeito,

Para nós tudo tem um bom preço,

Aos outros pouco podemos cobrar,

Se pagam, é como se fosse um grande favor,

Sempre deixados para depois,

Última opção para receber um sorriso,

Que dirá de outros bens & pertences...

Mas nada impede de prosseguir,

Abri a janela, sempre tem um pedido,

Mesmo mal escrito, mas pedindo algo,

Bem fazemos e bem fazer, um tombo aqui,

Apenas exigimos a nossa paz,

Fazer, teremos mesmo de fazer sempre alguma coisa,

Ninguém ira fazer muito por nós,

Para cada tijolo, novas velas enfunadas,

O mar que a praia apraz!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 07/04/2007
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