Engenho
São duas da madrugada
Fornalheiro chega contente
Ativando a caldeira
Iniciando a trabalheira
As três moendas girando
Com suas pontas dentadas
Espreme logo a cepa
Transformando em garapa
A moenda vai girando
Uma ao contrário das outras
Assim seguem acopladas
Num vai e vem arrochado
Cacheador mexe o mel
Ainda na fervura
Usando três palhetas de pau
Para dar a liga na puxa
Pra gamela vai o caldo
Quente a se espalhar
Vira rapa e rapadura
E pronto, servida está
Chega o dono do engenho
Aproxima do lugar
Quer saber o resultado
Dos trocados a embolsar