A QUINTANEAR
Em setembro
quintanearei primavera nas ruas
do bairro adotado.
Serei tênis de caminhar,
poesias ensaiadas no ar,
de tanto sonhar
o que já nem lembro.
Por certo viajarei lembranças
tuas, postas em calçadas nuas
de afeto. Outras, quisera doces,
na perspectiva de que me fosses
a esperada festa de crianças.
Calçadas, no entanto, andam de lado,
resistem, ainda que deixem passar
alegrias, medos e tristezas do passado.
De nada adianta andar
o passo mais apressado.
Irei, pois, apenas
setembro adentro,
a quintanear.
Em setembro
quintanearei primavera nas ruas
do bairro adotado.
Serei tênis de caminhar,
poesias ensaiadas no ar,
de tanto sonhar
o que já nem lembro.
Por certo viajarei lembranças
tuas, postas em calçadas nuas
de afeto. Outras, quisera doces,
na perspectiva de que me fosses
a esperada festa de crianças.
Calçadas, no entanto, andam de lado,
resistem, ainda que deixem passar
alegrias, medos e tristezas do passado.
De nada adianta andar
o passo mais apressado.
Irei, pois, apenas
setembro adentro,
a quintanear.