BRASAS

Atear em lenho afeito

Das barras entre tijolos

Vapores magníficos elevam

Cada instante permitido

Da porta ao leve toque

Disparado coração insano

Aromas cítricos no ar

A espera de um beijo fugitivo

Desembarque das vestes largas

Bailam entre frescas sedas

Desenlace dos últimos botões

Para sentir tua pele fresca

Quão palpita teu seio

Nas carícias da minha mão

Do ventre desnudo arrisco

Um gozo da carne túmida

Neste bailar dos corpos

Variamos tantas sensações

Tudo parece mais que um sonho

Entre alegrias e paixões

O mesmo olhar tão brilhante

Boca na pele ardente, beijada

Entremeios a tantos suspiros

Para mais um gozo fremente

Desconfiada, olha as horas

Que passam com tanta volúpia

Águas que nos refrescam

Para amanhecer entre duas salas

Toca-me para o caminho adiante

Afinal, me ponho caminhante

Sabes que volto noutra noite

Pelo aroma de quem é rosas.

Trago uma ponta de riso, pois sei que te fiz feliz!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 20/08/2005
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