BRASAS
Atear em lenho afeito
Das barras entre tijolos
Vapores magníficos elevam
Cada instante permitido
Da porta ao leve toque
Disparado coração insano
Aromas cítricos no ar
A espera de um beijo fugitivo
Desembarque das vestes largas
Bailam entre frescas sedas
Desenlace dos últimos botões
Para sentir tua pele fresca
Quão palpita teu seio
Nas carícias da minha mão
Do ventre desnudo arrisco
Um gozo da carne túmida
Neste bailar dos corpos
Variamos tantas sensações
Tudo parece mais que um sonho
Entre alegrias e paixões
O mesmo olhar tão brilhante
Boca na pele ardente, beijada
Entremeios a tantos suspiros
Para mais um gozo fremente
Desconfiada, olha as horas
Que passam com tanta volúpia
Águas que nos refrescam
Para amanhecer entre duas salas
Toca-me para o caminho adiante
Afinal, me ponho caminhante
Sabes que volto noutra noite
Pelo aroma de quem é rosas.
Trago uma ponta de riso, pois sei que te fiz feliz!
Peixão89