ESTRELAS CADENTES
Hoje acordei pensando em nós dois,
nas coisas que deixamos pra depois,
poema inacabado, cantiga sem refrão,
por falta de pecado, excesso de perdão.
Afagos sufocados, palavras por dizer,
cada um pro seu lado seguiu sem perceber,
que bastava um sorriso a cada dia,
mas não compartilhamos da harmonia.
Pela imensidão, nós estrelas cadentes
buscando fantasias, de ilusões carentes,
perdemos toda nossa mocidade
no encalço de uma vil felicidade.
Aquelas estrelas que um dia brilharam,
iluminando todo o infinito
por ausência de amor se apagaram,
pra cintilar no lume do meu grito.
Saulo Campos - Itabira MG