Um dia...  O  amor uniu-se ao tempo e pediu-lhe emprestado um pouco
do seu cenário. 
Sem nenhuma troca de olhares ou  toque de mãos, em silêncio tudo lhe foi concedido... Passou a existir para o amor apenas duas fases: 
O antes e depois daquele  momento.
O tempo seguia,  fazendo tudo acontecer observando,  à sua volta.

Já o amor,  não. Cheio de ilusões e fantasias... Relutava em ser.
Ficou ali,  a
limentando-se de sonhos individuais.
Esperando o tempo e via-se cada vez mais perdido.
     
As bolhas...  Coloridas! 
 Contava-as  e encantava-se com o brilho multicor, sonhava em fazê-las tornarem-se  eternas...   E sonhava!
Porém  as bolhas tão sedutoras...  Eram desmanchadas  pelo vento.
Assim feito os sonhos do amor... Que nem assim desistia.


Um dia o amor acordou,  olhou ao redor e  sentiu-se diferente.
Fez uma pergunta a si mesmo:  - Por que  essa insistência?
Veio um simples  súbito pensamento, feito um

Que olhou o mundo com outros olhos. Pensou milhões de coisas que a vida
tinha para lhe oferecer...  E não compreendeu que cegueira
interior era aquela.  E passou a permitir-se voar mesmo sozinho e nem se preocupou mais com a razão e nem com o tempo.

Antes uma alma presa em um corpo... E não conseguia libertar-se. Cativeiro, retornava... Até que  Interiorizou-se, desprendeu-se  da  gaiola,
o amor deu o maior vôo da sua vida!

Agora... Do Tempo, o amor queria um pouco mais que  a felicidade.
  Queria dele também toda dor  e tudo o que com ele vem.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 23/07/2013
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T4400499
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