Manto Sagrado
Jorra de mim, poesia, em lavas vulcânicas
Transforma o fogo em água cristalina
Minha menina, minhas deusas, minhas santas
Cubra com o manto sagrado das rimas
E desvenda o segredo dos versos
Instrumento aberto no canal da inspiração.
Mangue, sangue, transforme minhas mãos
Em dedos que compõe música
Acústica na plenitude da solidão.
O poeta explode em mim luminosa estrela
E nessa madrugada fria de incertezas
Produz a Luz que ilumina a escuridão...
Fado, fardo, afago, samba, baticum!
O que queres de mim? Responda que escrevo...
Escrevo o que sinto, imagino, vejo.
Fico horas à fio
A ver navios sem nenhuma embarcação
Na janela vendo o sol, quando noite é de inverno
Inferno sagrado, manchado pela madrugada fria.
Não é noite, nem dia
Nem sei que horas são
Sei que sou livre à escrever versos
Na hora sagrada da inspiração.
Tony Bahi@.