Manto Sagrado

Jorra de mim, poesia, em lavas vulcânicas
Transforma o fogo em água cristalina
Minha menina, minhas deusas, minhas santas
Cubra com o manto sagrado das rimas
E desvenda o segredo dos versos
Instrumento aberto no canal da inspiração.

Mangue, sangue, transforme minhas mãos
Em dedos que compõe música
Acústica na plenitude da solidão.

O poeta explode em mim luminosa estrela
E nessa madrugada fria de incertezas
Produz a Luz que ilumina a escuridão...

Fado, fardo, afago, samba, baticum!
O que queres de mim? Responda que escrevo...
Escrevo o que sinto, imagino, vejo.

Fico horas à fio
A ver navios sem nenhuma embarcação
Na janela vendo o sol, quando noite é de inverno
Inferno sagrado, manchado pela madrugada fria.

Não é noite, nem dia
Nem sei que horas são
Sei que sou livre à escrever versos
Na hora sagrada da inspiração.

Tony Bahi@.
Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 22/07/2013
Reeditado em 23/07/2013
Código do texto: T4399260
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