Do Elogio
Preserve-me dos elogios, se gosta (mesmo) de mim!...
pois, também, pode ser ruim se sentisse os calafrios
que sente que tem os brios afagados tanto assim...
e a vaidade, enfim, provocada pelos psius.
Quem me sabe é o espelho que não vê nada além
que o meu real mal ou bem (preto, branco, azul, vermelho...)
para quem me ajoelho; como ajoelha quem vem
(com apenas o que tem) oferecer-se...pedir conselho.
Esse reflexo bendito, tem o olhar verdadeiro
que vê e ouve (certeiro) seja o feio ou bonito...
pelo sussurro ou grito...sem a luz ou de sol inteiro...
com doce ou amargo cheiro...serenado ou aflito...
enfim, no que acredito quando me enxergo primeiro
antes que o elogio (ligeiro) me excite com o seu apito.
03-06-2013