Sonho próximo

Vinde a mim agora, ó chão distante

Não deixei pra amanhã esta vontade

Tua chave anseio como antes

Em tuas mãos concebo a liberdade

Me observa, eu noto, vil infante

E mal compõe o céu à claridade

Aplaca a paixão nua e arfante

Mas personifica a tenra idade

Poucos sabem do mal que me agredia

Muitos querem saber a minha idade

Os limites separam e eu nem via

Tão logo me livrei da identidade

Eu agora cumpro o que temias

Eu agora assombro a verdade

Da vacância oculta de meus dias

Às amargas manchetes da cidade

(escrito em 22/07/13)