O Espectro e a Poesia

Adrento da noite escura, a imagem desfocada,

Uma bela criatura, cuja silhueta exala poesia,

Não é homem nem mulher,

É todas as coisas e nenhuma.

Parece dizer-me algo

Sem lançar uma única palavra.

Parece sentir e entender tudo de meu interior,

Se mostra menor que eu, porém o sinto maior.

Sua voz se fixa em meus pensamentos

Parecendo que são meus

Mas não são,

Assim que perco o medo e começo a escrever,

O espectro se vai,

Mas ainda o sinto aqui, tão vivo e intenso

Quanta essas palavras que vos compartilho,

Seu corpo habita nessas linhas.

Assim como milhões de vozes desconhecidas

Que sopram rimas e versos

Aos meus ouvidos, todos os dias.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 22/07/2013
Código do texto: T4398384
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