CHORO!
Choro de tristeza, por almas, mendigas
E choro de espanto, pelo mundo, mesquinho
Choro enquanto bebo, e estiver sozinho
E quando da garganta, não saem cantigas.
Choro de alegria, pelas belas raparigas
Assim como choro por esses teus versos
E pelas quimeras, de sonhos dispersos
Que me deixam na noite, em grandes fadigas.
Choro por ti, amigo, se tu também choras
Quando estás ausente desta minha vida
Quando o barco está, em plena partida
E quando o relógio, da saudade…dá horas.
Choro, porque sei que também imploras
Pra que essa amizade seja repartida
E choro, se à mesa, não houver comida
Como assim também…se já não me adoras.
Choro, porque o Homem, deixou de Amar
Prendeu-se à ciência e à sabedoria
E aquela tão pura e terna poesia
Calou-se e nem pode…jamais acordar!
E em cada momento, em que gritas, expludo
Porque a guerra reina, isso não ignoro
E enquanto no Universo existir isso tudo
Podem ter a certeza…é certo, que eu choro!