Sem Nome...
Teclas que teclo
pranto e alegrias, sinto
quando as toco
Teclas que me desesperam
Acorrentam-me a lembranças
cercam-me de esperanças
dignas, indignas, banais
Mais nem tudo, tanto faz
Teclas que choram
enquanto também choro
Teclas que se alegram
enquando mostram que me supero
Teclas ativas...
Com elas crio vidas
Ponho-me longe de vinganças
Crio mundos e esperanças
Brinquedo que adoro
letras, palavras, imaginação
Sutilezas incompreensíveis
Incompreendidos são modos
Repaginar paginas e novamente paginar
Inicio meio e fim, fim...
e meio e vida e morte
Vida... vida...
Morte, nebuloso destino
Começo, começa... delato, relato
Renego o descaso
Perpetuo em seu coração
o gosto nobre da minha ilusão
Confusões, destratos
Estragos estranhos, abstratos
Nas entranhas do simples compasso
Atenho-me a todos fatos
Teclas que me tocam
Que me repreendem
Que me afetam
Aí transponho o meu universo
Procuro colocar em tudo meu simples
mais sentido e puro verso
Não espero o inverso
Nem admito que ninguém me limite
Nem espero que alguém se habilite
e queira me enganar
Senão serei a dor constante nesse coração
por saber que ainda existe uma pessoa
que não entende que um ser
É pura emoção...
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