PALAVRAS PONTIAGUDAS

Palavras pontiagudas

Que soltam entre os dentes

E de repente

Não mais que de repente

Ferem!

Mas são palavras que pintam verdades

Não devem vagar o submundo

Do teu ser

Por isso, me calo...

E tento serenamente entender

Que as rosas têm seus espinhos

Não as amo enganada

Mas sujeita a sofrer

Quando parte do que tu és,

A parte que adoraria não ver,

Ganha asas e pula do ninho

Pousa sobre a ferida quase cicatrizada

Que até fazia-se esquecida

E no trocar de roupa das horas

Distraidamente, algumas palavras

Serão acordadas e ao bocejarem

Encostarão sua ponta afiada

Sobre minha alma

Que apesar de tão calejada

Sangrará um pouco, mas sem maiores danos

Pois teus beijos, teus carinhos

Apagará cada palavra dita

E a alegria nos teus olhos lida

Traz-me a verdade do teu amor

Certezas de que não me engano.

JOÃONINGUÉM
Enviado por JOÃONINGUÉM em 21/07/2013
Reeditado em 21/07/2013
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