RIMAS
RIMAS
Rimas,
São os versos que trago,
Da minha solidão atribulada!
Horas, são versos, que brotam,
Dos espelhos da vida a esconder,
Essa minha imagem diluída,
Entre o presente e o passado.
Entre as molduras do velho diário.
Horas, são simples rascunhos perdidos,
Entre quimeras e metáforas!
Entre sonhos, e verdadeiras realidades...
A darem uma dimensão fantasiosa,
Às minhas fantasias, desnudando,
O que se vai n’alma, sem censuras...
Horas são os versos que voam do coração,
Resgatando as lembranças que pareciam,
Perdidas entre meus alfarrábios, esquecidas,
Nas regiões mais sombrias da minha alma!
Por essas andanças da via entre mim e você.
A fazerem as cachaças, dos versos que eu bebo.
Essas são as cicatrizes que brotam das letras,
E que ainda acicatam com força na alma.
Que rimam, hiato, amor,solidão!
E não são simples utopias, nem,
Meras figuras de linguagem.
Nem frívolas filosofias, são resgates...
São as dores que eu bebo,
Dos diários da vida!
Nos versos que trago,
Da minha solidão.
Albérico Silva