RIO DOCE
por essas águas correm tantos sentimentos,
eu também sigo margeando o rio,
enquanto desce a levar meus pensamentos
uma canoa enfrentando o desafio.
Vou pelos trilhos olhando o espelho d`água
é tanta mágoa embaçando meu olhar,
o rio chora quase morto sobre o leito
e desse jeito um dia para antes do mar.
Fauna e flora definhando às suas margens,
deixam mensagens sobre a areia que agiganta,
quanta saudade dos peixes na correnteza,
tanta tristeza amargurar já não adianta.
Meu Rio doce, braço do mar,
molhando a terra vai regando a esperança
quero-te navegável pra banhar-me à ribeirinha,
mas pelo jeito vais ficar só na lembrança.
Saulo Campos - Itabira MG